segunda-feira, 12 de junho de 2017

Sobre a construção dos templos: 1ª parte

Não sendo um especialista na matéria, do que que fui lendo ao longo dos anos e dos ensinamentos que recebi em várias conversas com amigos chineses, escolhi para este post falar um pouco mais sobre alguns aspectos da construção dos templos chineses em que se destaca a ênfase na articulação e simetria bilateral, que é sinónimo de equilíbrio.

O tema é complexo pelo que me detenho apenas nas esculturas construídas nos telhados e cujos desenhos são de tal forma aprimorados e representam a beleza da arte tradicional chinesa. 

Nos telhados surgem normalmente, três figuras, uma em cada ponta e outra no meio. Os desenhos dessas figuras mais usados habitualmente são os de animais considerados auspiciosos. As duas inclinações do telhado também abrigam um conjunto de estátuas de animais. No limite podem chegar a ser 10 figuras e esse número diminuiu de acordo com o estatuto do dono da construção. Dito isto, na China, a única construção que tem 10 estátuas de animais nos dois lados do telhado é o Salão da Harmonia Suprema da Cidade Proibida, simbolizando o poder absoluto do imperador. 
Os animais escolhidos para enfeitar os telhados têm diferentes significados: o dragão remete para o poder imperial; a fénix, a rainha das aves, segundo a lenda, simboliza as pessoas de alta moralidade; o leão representa a coragem e a força.

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